03/10/2011

Ainda há nada...

E na virada eu cai
na folha só o rascunho
só os erros valeram
e eu sai da tua vida sem demorar

não adianta
não faz
não fala
não mente mais pra mim


e na calçada eu não caminho mais
e no tombo eu não levanto
e na sede eu não bebo
na abstinência eu uso

vai pra longe
morre pra mim
faz uma música
não me escreve mais

é só o álcool
é a morte dançando na memória
os pulsos lá no quintal
minha vida marginal


não tento achar nada
só a cinza
a ponta
a fumaça


guardo meu sangue pra taça
guardo minha vingança
ainda te pego na saída da vida
só um velho sem cabelo

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