16/07/2010

Falhas

Eu adoro falhas na vida e digo que o que queremos ser é o que a nossa alma não quer.
Vago pelos vazios e me completo na esperança.
Vejo o sol ser vida.
Mistérios invisíveis.
Amo cada segundo.
Odeio as palavras.
Arrependimento em silêncio.
Sei que decifro flores.

Nossa rua

Eu estou naquela rua que um dia nos pertenceu
Naquela quadra que um dia você passava
Eu estou naquela rua que um dia cheguei até você
Naquela casa
Naquela rua
Naquele beijo
Sim, aqui estou eu
Mais uma vez penso no Marechal
No Floriano que deu a flor
Na Flora que morreu sem dor
Eu estou na rua que um dia nos pertenceu
Eu só vejo o frio que leva minhas lembranças
Nesse julho de cortinas sem danças
Nesses dias que não te vi, eu congelei
De frio quase chorei
De saudade de ti quase lembrei
O quanto eu gostava da rua que era nossa

Repertório

Quando escolho as canções o público aplaude.
Quando prefiro o segundo capítulo o público reage.
Quando mostro a tela preta e vermelha o público fecha os olhos.
Quando atuo o público responde.
Mas quando silencio o público não aplaude, não reage, não abre os olhos e não responde.

12/07/2010

Até quando

Até quando...
Levo a vida sem a leveza do ser
Levando o olhar sem ver
Seguindo o caminho sem fim
Fim que um dia espero

Sinto o gosto amargo da ilusão
Ouço calar meu coração
Meu silêncio e minha razão

Até quando...
Vida que escorrega pelas mãos
Sinto o frio do dia
Chego no ponto de partida
Parto sem nascer

Até quando...
Tenho que lutar a cada hora pela vida de um dia
São armas que estão descarregando
O fogo se cruzando
A faca sem fio
O dia está terminando
Até quando?

Reverso do verso da mente que mentia

Reverso do verso da mente que mentia
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