23/04/2010

Graça da feira

A estátua branca se fundia com o céu branco.
A mulher era beijada por um corpo invisível
O filho andava na garupa do pai
A feira estava em ordem
Quadros
Antiquários
Livros
Fontes
Flores
Tudo permanecia como o tempo, imutável
Sonho alto de guerra
Feliz tragédia

Use própolis para disfarçar quem você é.
A graça é para todos.

Pingo

Pingo
Pingou
Pingadeira
Pinguinhos
Pingão
Pingando
Pingava
Pingará
Pingões
Pin
Go
Go away

Flores e a chuva

Eu caminhava pela João Teles e pisava nas folhas que representam o outono
Mas é primavera
Eu comia um bife mas pensava que era peixe
Eu relembrava sozinha sentada na mesa da Lancheria do Parque o que não tinha acontecido no Rio de Janeiro
Eu escutava as conversas dos tiozinhos e tomava um suco pensando que era água
Eu estava tão distraída que disse oi pra quem não conhecia
Eu que não era mais eu só tinha um desenho sobre a mesa, um livro na cabeceira
Eu que ando tão distraída não via que chovia
E só restavam as flores mortas e a chuva.

Reverso do verso da mente que mentia

Reverso do verso da mente que mentia
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Jornalista de profissão Cronista de solidão Poeta sem razão Fotógrafa de diversão

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