27/10/2010

O Tudo

Tudo brilha como gira e vira teu brilho
como se fosse a última vez do amor
Um despertar de sonhos

Todo amarelo do sol em um segundo de luz tua
Cada partícula do espaço
Cada compasso da música

Toda força de um raio teu
uma chuva fina
um pouco de água

Meu amor
Teu amor
Nosso amor
Luz
O Tudo

O Nada

Quando as armas virarem pó
e quando a noite for palavra
tudo parecerá um rascunho

Quando a morte bater
e tudo que fazemos vier a tona
tudo parecerá podre, fétido, quase sangrento

Quando o limbo for tua casa
e as almas sobrevoarem teus olhos
será a vida que você roubou de você mesmo

Quando nada parecer ter luz
o inferno de Dante está no teu corredor
dançando a meia-noite

o silêncio dos inocentes não cala
não fala
só sofre

Querida eternidade de mudos e surdos
Amante universo mórbido e apagado
Sofre de luz e trevas!

O nada.

Reverso do verso da mente que mentia

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