27/10/2010

O Nada

Quando as armas virarem pó
e quando a noite for palavra
tudo parecerá um rascunho

Quando a morte bater
e tudo que fazemos vier a tona
tudo parecerá podre, fétido, quase sangrento

Quando o limbo for tua casa
e as almas sobrevoarem teus olhos
será a vida que você roubou de você mesmo

Quando nada parecer ter luz
o inferno de Dante está no teu corredor
dançando a meia-noite

o silêncio dos inocentes não cala
não fala
só sofre

Querida eternidade de mudos e surdos
Amante universo mórbido e apagado
Sofre de luz e trevas!

O nada.

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Reverso do verso da mente que mentia

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