28/07/2013

Escolhas

Ao me deparar com a palavra "escolhas" percebi em um instante todo o meu presente e o meu passado. Quais tinham sido minhas escolhas para estar aqui? Como eu havia chegado? Em um reverso de subjetividade a ação tornou-se mágica. Todo pensamento foi material e a vida estava entre meus dedos, minhas escolhas, escrever, amar e cuidar. Ser feliz está sendo minha escolha e deveria ser de todos os seres humanos.

08/02/2013

Sonhos

E toda essa pós-modernidade capaz de deixar qualquer realidade aumentada. Todo sentimento fracassado de interioridade vazia, deletando qualquer resquício de dor. Reprimida e inofensiva. Intolerante e psicótica. Neurótica que gosta de robótica. Sei lá em quantas posso me desfragmentar. Redes sociais nada sociais. Nacionais e impessoais. E todas as estrelas no céu fervendo como uma água quente, como o vapor de um chimarrão. Todo céu como uma chaleira quente prestes a explodir. E nossas histórias se cruzaram no 4º planeta de uma galáxia muito distante, com outras línguas e cálculos. E toda essa pós-modernidade capaz de deixar qualquer bobo de queixo caído pelo que você não é. Apenas fake. Nada do que um alguém que fala pra ninguém pode ser visto ou lido por algum perdido em nenhum. Pensante alucinada. Globais e mortais. E todo mar esperando. E toda onda que leva e traz o que eu quero lembrar. Só pular ou apagar. Deletar e copiar... Afoga. Salva. Documento novo e vida nova. O velho mundo é Dry the River. Que venha o mundo, que caia diante meus olhos as maravilhas de todas filosofias e os melhores livros usados do mundo. Que chova a chuva mais fina e bendita de toda a terra do nunca. As poesias podem ser as flores, a fantasia pode ser real.

26/10/2012

Não se render as incertezas nos levou ao fim de um amor que viria a ser o que não foi
Sua inveja sobre mim
Foi o que corrompeu o disco que quebrou e ficou rígido
Talvez nos percamos no tempo
No fundo do fundo do amor
Do amor de mentira que nos cercou
Atitude de dizer e fazer e não ser indiferente
Calmantes
Calmantes
Paralisantes
Calmantes e paralisantes

25/10/2012

Os segredos não são mais secretos, as dúvidas não são mais dúvidas
E nem as estrelas brilham
Como o amor é salgado

12/10/2012

vous êtes mon sacre coeur

você tem o rosto do céu quando acorda
(mas hoje não posso ver)

vi teu rosto ao amanhecer algumas vezes
(foi quando estive no céu)

teu rosto como céu pode ser quase confundido com teu rosto no entardecer
(quando te amo mais)

Hoje não estou no céu, não vejo teu rosto
Não vejo manhã com sol
Continuo te amando com sol e lua, dia e chuva

Não posso estar apaixonada por você há tantos anos sem nada acontecer
Você não pode quebrar o meu coração, não iria para o céu
Deixa eu ver o teu rosto quando amanhecer
Deita no meu colo quando entardecer e me olha

o infinito da minha alma te confortará na plenitude do teu real

o céu não demora, ele se evapora
eu conheço teus disfarces
tá chegando a hora

20/08/2012

Aos meus

Freud diz que sou neurótica ou perversiva
Descartes implantou a duvida
A Revolução Industrial me coloca como massa
Bauman diz que sou líquida
Alguns dizem que sou metafísica
Outros dizem que sou só matéria
Poucos dizem que vivemos conforme as leis de Deus
Muitos pagarão pela negação
Sem forma nem conceito
Sem existência ou defeito
A filosofia e suas concepções

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Se Dostoiévski não tivesse sido tão amargo em meus sentidos
Se Nietzsche não fosse tão solitário em seus escritos
Se Reich não fosse tão radical em suas descobertas
Se Marx tivesse a leveza da juventude
Se os Santos pudessem amar mais como os anjos
Ou ainda, se a tradução de Deus existisse
Oscar Wilde teria sido compreendido
García Lorca não teria morrido


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Mozart não conheceu Beethoven
Nietzsche conheceu Wagner
Bach estava distante
Theodor Adorno tem lindas composições
Rilke amava Lou Salomé
Lou Salomé que recusou a se casar com Nietzsche
Nietzsche que conheceu Freud
Freud que trabalhou com Lou Salomé

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Nada que a história não confunda
Que Deleuze não confunda mais
Que Althusser tente explicar
E que Foucault descobrirá


Interpretações das loucuras humanas.

19/08/2012

De Walter Benjamin

Somente para um indivíduo insensível a experiência é carente de sentido e imaginação. Talvez ela possa ser dolorosa para aquele que a persegue, mas dificilmente ela o levará ao desespero.

Reverso do verso da mente que mentia

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